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Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Diário de uma "dona de casa" 2.0

... à beira de um colapso

Dom | 17.02.08

Chá e falta dele

Fátima Bento

Ora fui eu e o maridinho daqui para Lisboa, levantámos os bilhetes no Politeama, e ficámos assim  com duas horas para matar.

 

Ora, Baixa=Chiado=Fnac, certo? Passaram n'um instantinho.

 

Mas nestes sítios, os tais "sítios bem frequentados", assistem-se a cenas no minímo caricatas.

 

Vou eu a descer na escada rolante, já naquela parte em que o degrau deixa de o ser, e mesmo atrás de mim vai uma mãe com uma criancinha , sei lá, de cinco ou seis anos. Fazem-me assim uma tangente por trás, imediatamente antes da ultrapassagem coladinha, e a criança pisa-me (não, não foi no dedinho-dedão-batata, senão tinhamos a burra nas couves...) Ora estou eu a preparar o meu melhor sorriso de "não faz mal", que é o que eu faço sempre quando sou agraciada com a palavra mágica, e oiço a voz da mãe: "Por aí não, olhe, o Ricardo tem de vir por aqui".

 

[Que me perdoem as mães-tia que tratam as criancinhas por você, eu não quero ofender ninguém, mas acho isso mesmo a cúpula do pedantismo. Sabem aquele sítio do monte do chantilli onde põem a cereja? Ora nem mais.]

 

Pois, qual desculpe qual quê?

 

 

 Colazione, galeria abstracta, www.olhares.com

 

Por momentos tive a visão de ir atrás daquela mãe, agarrá-la por um braço, virá-la para mim, e olhos nos olhos dizer (com 'accent' de tia, claro!): "Olhe, em vez de andar a dar pála de chiquérrima porque até trata o seu rebento por você na-sa-la-da-men-te, era capaz de ser mais pedagógico ensiná-lo a pedir desculpa quando o caso se põe. É que se a sua mãezinha não lhe disse durante chás que não deve ter tomado em pequenina e que pelos vistos tanta falta lhe fizeram, a BOA EDUCAÇÃO mede-se pelo respeito, traduzido nos "por favor, obrigado, desculpe, com licença..." E não pela quantidade de sons diferentes que se consegue soltar pelo nariz, enquanto se introduz uma distância confortável (para o progenitor) com o seu filho através do tratamento "solene".

Claro que me fiquei pela fantasia. Limitei-me a bichanar ao marido o ocorrido, e a falta de chá da senhora...

Bom, depois fui perder-me na secção de design dos livros e nos DVD's (já tenho dois 'must' para a minha wish list!), e depois, descemos a Rua do Carmo, atravessámos o Rossio, e fomos para a Rua das Portas de Santo Antão.

E o resto, meus amores, fica para o próximo post...

(eheheheh , sou máááá!!!!)

B'jinhos,

 

Fátima

P.S. E hoje, lá teria que ser, 'trisei' o Sweeney Todd...