Não tenho falado aqui do factor X, porque... olhem, porque não tenho. Muita gente se revoltou pela decisão que a vocalista dos Gift tomou ontem, e a viu como resposta ao que se passou na semana anterior. Não tenho grandes duvidas a respeito de que uma tenha sido sequencia da outra, porque a Sónia, ao que parece, é mesmo assim, ou é essa a postura que fez sua. Só que a história começou nela, e parece que ninguém reparou...
No que diz respeito à Sara, pode agradecer à mentora ter saído. Se esta não tivesse atirado na hora D - de decisão - com a história das mochilas para cima do patrão da Sony, se calhar outro galo teria cantado. Os três podem picar-se o programa todo - que pelos vistos é para isso que lhes pagam, não que estejam todos no mesmo patamar de necessidade, óbviamente - mas naquele momento, e por respeito ao que está em jogo - pessoas - devem medir muito bem o que NÃO devem dizer, e a Sónia não tem, nitidamente, a capacidade de deixar o ego à porta em momentos cruciais. Na semana passada fiquei atravessada com a história da Sara, ontem logo desde o inicio achei que 'a picardia dos três' estava a passar os limites, e no final, estava-se mesmo a ver o resultado.
Não gosto da vaidade óbvia do Diogo, que está nos antípodas da postura do Berg, que tem mais razões para enfunar a vela de que aquele miúdo, e continua humilde. Mas ele (Diogo) teria - e terá - hipóteses de carreira bastante mais óbvias que as quatro meninas que ontem fizeram uma prestação de levar as lágrimas de desencanto.
{E embora a filosofia por detrás deste programa faça com que este não seja, e acho que isso ainda não foi absorvido por muito boa gente, um Ídolos: este é um programa que não procura SÓ uma pessoa com excelente capacidade vocal e uma boa prestação em palco: este SOBRETUDO procura uma pessoa que tenha um 'je ne sais quoi' de diferente, impalpável. E naquele leque em que agora são todos tão bons, só um tem, de caras, o ambicionado Factor X, e nem é o meu favorito (eu divido-me entre o perfeito Berg e o 'canastrão' José Freitas, o primeiro porque tem carisma - e carisma não é o factor X, já que tem nome, e o segundo, não sei bem porquê, eu nem gosto de Tony Carreira nem de Julio Iglesias...). Os outros serão bons cantores, bons musicos, bons entertainers, mas o unico, 'WTF?' que ali está, e que ontem me deixou de boca semi-aberta, feita parva a aplaudir na sala e a dizer 'este gajo não sai de lá', tem algo que não é qualificável por um adjectivo e é nisso que consiste o Factor X}.
Voltando atrás, a Sónia tinha mostrado na semana anterior "ser pequenina", e meteu os pés pelas mãos, e em vez de pensar, analisar e ver o que fez, ontem não só insistiu no erro, como dobrou o mesmo e borrou o resto da pintura.
Se é razão para deixar de ver o Factor X? Não, não é.
Se isso é razão para deixar de gostar dos Gift? Não, não é.
Não é porque há que saber fazer o que a Sónia não soube, e separar as coisas.
A decisão final não será, obviamente, deles (estou apostada nisso, que não conheço o formato do programa a esse ponto). Quem chegar à final, chega - já sei que não serão os meus três favoritos, mas tenho a certeza (tanto quanto é possível ter a certeza quando entram hormonas descabeladas ao barulho...) que dois lá estarão... quanto ao resto...
...que logo o CR/ ganhe a bola, e siga o jogo, que a vida já é o que é, venham as pequenas gotas de smilies para nos deixarem menos descontentes.
Que também merecemos, de vez em quando, não pensar no resto que nos desassossega e tira, tantas vezes, o sono.