Tenho 46 anos e um blogue com nove.
É mesmo só isso.
Tenho 46 anos e um blogue com nove.
Há pessoas que passam, lêem, e às vezes até comentam. Sem abrir o contador diria que uma média de cem por dia.
Tenho 46 anos e um blogue com nove.
No dia em que este blogue fez nove anos tive, não tenho a certeza, se cinco se seis desejos de parabéns e outros tantos likes, espalhados por três plataformas - aqui, no FB e no Instagram.
{Vocês desculpem, não é desdenhar a vossa assidua companhia (que eu sei que vocês até passam aqui com assiduidade) mas dá que pensar}
Não vou aqui bramir o machado de guerra, dizer que a plataforma a que sou fiel há tantos anos me podia ter dado os parabéns, não vou dizer que vou acabar e cortar com tudo, e afins. O Sapo, portando-se bem, benzinho, mal e pessimamente, tem sido o meu chão nesta coisa de blogar. E, canudo, sou uma gaja de hábitos, mudar para mim é um atrofio. Isso diz muito da minha personalidade, e diz assim - tens uma personalidade de cocó, pois diz, - estás danada, vai-te a eles, às coisas, faz a pontaria para onde achas - SABES! - que é o lugar onde deves estar. E voa. A tremer, mas vai. Cagada de medo (medo de quê, Fátima?), faz um balanço, traça um plano e vai.
Mulher, põe-te em frente do espelho, ou um espelho à tua fente, whatever. Olha BEM para ele. O que é que vês? O que falta para te sentires inteira? É a caneta na mão direita, são as teclas na ponta dos dedos?
"A GENTE ESCREVE PARA GOSTAREM DE NÓS", diz o António (Lobo Antunes).
Pois é... pois é...
Se calhar chegou a hora de não mais.
Para balanço.
Até ver.